Militares de Mianmar disparam 'tiros de emergência' contra funcionários da Cruz Vermelha da China

Segundo o Ministério das Relações Exteriores da China, a equipe de resgate está segura. O grupo chinês presta apoio às vítimas do terremoto que atingiu o...

Segundo o Ministério das Relações Exteriores da China, a equipe de resgate está segura. O grupo chinês presta apoio às vítimas do terremoto que atingiu o país asiático na última sexta-feira (28) e deixou 2.886 mortos. Cruz Vermelha da China presta apoio a vítimas do Terremoto em Mianmar REUTERS A junta militar que governa Mianmar afirmou que tropas dispararam "tiros de advertência" a um comboio da Cruz Vermelha da China. Segundo o governo, o veículo não obedeceu às instruções militares de parar enquanto trafegada em uma zona de conflito. ✅ g1 no WhatsApp: Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais O porta-voz da junta, Zaw Min Tun, disse que o incidente ocorreu na noite de terça-feira (1º) e que a organização não havia informado o governo ou a embaixada que estaria na área. O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou, nesta quarta (2), que a equipe de resgate da China e os suprimentos estão seguros. Além disso, afirmou que o país espera que "todas as facções e partes em Mianmar priorizem os esforços de socorro ao terremoto, garantindo a segurança do pessoal de resgate e dos suprimentos da China e de outros países". "É necessário manter as rotas de transporte para os esforços de ajuda abertas e desobstruídas", disse o porta-voz Guo Jiakun O grupo chinês presta apoio às vítimas do terremoto que atingiu o país asiático na última sexta-feira (28). Segundo a mídia chinesa, o desastre deixou 2.886 mortos, 4.639 feridos e 373 pessoas desaparecidas no país. A Tailândia também foi afetada pelos tremores. Um arranha-céu desabou na capital Bangkok deixando 101 desaparecidos. Governado por uma junta militar desde 2021, Mianmar enfrenta atualmente uma guerra civil contra os militares no poder e o isolamento internacional. Além disso, o país tem 40% da população vivendo abaixo da linha da pobreza, segundo o Banco Mundial. LEIA MAIS Isolamento, destruição e guerra civil: Mianmar enfrenta obstáculos para resgatar vítimas de terremoto Terremoto: vídeo mostra população em pânico em aeroporto de Mianmar Ajuda estrangeira Além da China, outros países e organizações mundiais se mobilizaram para auxiliar nos resgates e doar recursos para Mianmar. A Organização das Nações Unidas disse enviaram suprimentos de socorro para cerca de 23 mil sobreviventes atingidos pelo terremoto. "Nossas equipes em Mandalay estão unindo esforços para ampliar a resposta humanitária, apesar de passarem pelo trauma elas mesmas", disse Noriko Takagi, representante da agência de refugiados da ONU em Mianmar. "O tempo é essencial, pois Mianmar precisa de solidariedade e apoio global durante essa imensa devastação." Índia e Tailândia estão entre os vizinhos do país que enviaram materiais de socorro e equipes, juntamente com ajuda e pessoal da Malásia, Cingapura e Rússia. Os Estados Unidos prometeram US$ 2 milhões em ajuda "por meio de organizações humanitárias baseadas em Mianmar". Em uma declaração, informaram que uma equipe de resposta de emergência da USAID, que está enfrentando cortes significativos sob a administração Trump, será enviada para Mianmar. ONDE FICA MIANMAR? QUAL A POPULAÇÃO? QUEM GOVERNA? Saiba mais sobre o país atingido por terremoto devastador Sobreviventes do terremoto Sobrevivente do terremoto em Mianmar é resgatada dos destroços de hotel Equipes de resgate resgataram uma mulher viva no meio dos escombros de um hotel em Mianmar três dias após o tremor, disseram autoridades locais nesta segunda-feira (31). A mulher foi retirada dos escombros após 60 horas presa sob o desabado Great Wall Hotel na cidade de Mandalay. No total, foram 5 horas operação feita por equipes chinesas, russas e locais, de acordo com uma publicação da embaixada chinesa no Facebook. A vítima segue em condição estável. Em Bangkok, capital da Tailândia, equipes de emergência retomaram na segunda-feira (31), uma busca desesperada por 76 pessoas que acreditam estarem soterradas sob os escombros de um arranha-céu em construção que desabou. O governador de Bangkok, Chadchart Sittipunt, disse que as equipes de resgate não estão desistindo, apesar do prazo estabelecido para encontrar pessoas vivas está se aproximando rapidamente. "A busca continuará mesmo depois de 72 horas porque na Turquia, pessoas que ficaram presas por uma semana sobreviveram. A busca não foi cancelada", disse Chadchart. Ele disse que as varreduras feitas por máquinas nos escombros indicaram que ainda pode haver pessoas vivas embaixo deles, e cães farejadores estão sendo enviados para tentar localizar suas localizações. "Detectamos sinais fracos de vida, e há muitas manchas", disse ele. O número oficial de mortos na Tailândia era de 18 no domingo (30). A Organização das Nações Unidas disse que estavam enviando suprimentos de socorro para cerca de 23.000 sobreviventes atingidos pelo terremoto no centro de Mianmar. "Nossas equipes em Mandalay estão unindo esforços para ampliar a resposta humanitária, apesar de passarem pelo trauma elas mesmas", disse Noriko Takagi, representante da agência de refugiados da ONU em Mianmar. "O tempo é essencial, pois Mianmar precisa de solidariedade e apoio global durante essa imensa devastação." Índia, China e Tailândia estão entre os vizinhos de Mianmar que enviaram materiais de socorro e equipes, juntamente com ajuda e pessoal da Malásia, Cingapura e Rússia. Os Estados Unidos prometeram US$ 2 milhões em ajuda "por meio de organizações humanitárias baseadas em Mianmar". Em uma declaração, informaram que uma equipe de resposta de emergência da USAID, que está enfrentando cortes significativos sob a administração Trump, será enviada para Mianmar.